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Editor(a): Mariana Hammes

Colaboradores: Gabriela Adamy, Marina Zordan Poletto, Pedro Hoffmann Galli

   

Introdução

Com origem espanhola, a palavra dengue significa "melindre" ou "manha", referindo-se à fraqueza e debilidade associada à pessoa contaminada.

Dengue 1

Fonte:http://www.dengue.org.br/mosquito_aedes.html

A doença é relatada principalmente nas regiões subtropicais e tropicais do mundo, bem como no Brasil. O mosquito do dengue tem origem africana e chegou ao continente americano na época da colonização. É menor que os mosquitos normais, de cor preta, com riscos brancos no dorso, na cabeça e nas pernas. O primeiro caso da doença no Brasil foi relatado em 1685, em Recife (PE). O dengue é transmitido pelo mosquito Aëdes aegypti que tem o hábito de picar no começo da manhã e no final da tarde. 

Dengue 2

Fonte:http://www.dengue.org.br/mosquito_aedes.html

A picada tem a característica de não ser percebida no momento, pois não costuma doer e nem coçar. Normalmente o mosquito pica na região dos pés, tornozelos e pernas.Há quatro variações do vírus do dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. É importante ressaltar que depois de anos sem casos de contaminação, o dengue tipo quatro voltou a ser relatado no Brasil, sendo que crianças e jovens não possuem imunidade desenvolvida contra ele. Por isso, por determinação do Ministério da Saúde todos os casos suspeitos de dengue tipo quatro devem ser comunicados às autoridades sanitárias num prazo de 24 horas.  


 ==Transmissão e ciclo do mosquito== A transmissão acontece quando a fêmea do mosquito pica uma pessoa infectada, conserva o vírus na saliva e o retransmite. O contágio da doença não ocorre por contato com o doente ou suas secreções e nem com água ou alimentos. O ciclo é composto por homem-mosquito-homem, e depois da ingestão de sangue pelo mosquito há um período de incubação, que dura normalmente de cinco a seis dias e após este, o mosquito transmite o vírus durante a sua vida inteira. A incubação é o intervalo de tempo entre a picada e a manifestação da doença. Depois desse período os sintomas aparecem normalmente a partir do terceiro dia depois da picada. As larvas tem seu desenvolvimento em água parada, limpa ou suja, dentro ou fora de casa. Os mosquitos costumam se proliferar em ambientes próximos de moradias, em locais com acúmulo de água, como vasos de plantas, pneus velhos e cisternas. Na época do acasalamento, as fêmeas necessitam de sangue para o crescimento dos ovos e é o período em que há a transmissão da doença. Os ovos são muito resistentes em ambientes secos, podendo sobreviver por vários meses até a incubação. Seu ambiente é versátil e por isso, de difícil controle.As epidemias da doença tem prevalência no verão e em períodos de chuva. 


Sintomas

Dengue 3

Fonte: www.g1.com.br

Na maior parte das vezes a doença é assintomática. Normalmente quando há sintomas, avançam seguindo três formas clínicas: dengue clássico, dengue hemorrágico e síndrome do choque associado a dengue.




Dengue Clássico

Os sintomas do dengue clássico são febre alta com início súbito, forte dor de cabeça, dor atrás dos olhos com piora ao movimento, perda de paladar e apetite, manchas e erupções na pele, no tórax e membros superiores, náuseas e vômitos, tonturas, cansaço extremo, moleza, dor no corpo, nos ossos e articulações. A febre costuma baixar num período de 3 a 7 dias e os sintomas normalmente regridem, podendo continuar o quadro de fraqueza durante algumas semanas. A recidiva da doença deve ser tomada de cuidados, pois, os sintomas apresentam-se com mais severidade, devido a uma sensibilização do sistema imunológico que causa uma resposta exagerada podendo causar inflamações e ocasionar lesões nos vasos sanguíneos, dando origem à dengue hemorrágica. 


Dengue Hemorrágico

Os sintomas de dengue hemorrágico são iguais aos da dengue clássica, diferindo após o terceiro dia quando começa a ceder a febre e aparecem os sinais de atenção: dores abdominais fortes e contínuas que não cessam com medicação comum, vômitos recorrentes, pele pálida, fria e úmida, sangramento pelo nariz, boca e gengivas, vagina, rompimento dos vasos superficiais da pele que causam manchas vermelhas e hematomas, sonolência, agitação ou letargia, confusão mental, sede excessiva e boca seca, pulso rápido e fraco, dificuldade respiratória e perda de consciência.  A situação clínica do paciente tem um agravo rápido, causando a síndrome do choque associado ao dengue com insuficiência circulatória e choque, que pode levar à morte em 24 horas. Segundo dados do Ministério da Saúde, o dengue hemorrágico leva à morte 5% dos pacientes com a doença.  Esse quadro necessita de atendimento médico imediato porque pode se fatal.


Síndrome do choque associado à dengue

O risco é destacado por qualquer uma dessas complicações. Alterações neurológicas como: delírio, depressão, psicose, irritabilidade extrema, demência, amnésia, coma e sintomas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva, derrame pleural. Manifestações neurológicas, na maioria das vezes, surgem no término da febre ou na convalescença.

Diagnóstico

A importância de se procurar atendimento médico logo no início da suspeita da doença está nas manifestações sintomáticas iniciais que podem ser diagnóstico diferencial, importantes para diferenciar dos sintomas da febre amarela, malária e leptospirose. Para ter certeza de diagnóstico de dengue é preciso de exame laboratorial. Podem ser feitos exames de contagem das plaquetas, isolamento do vírus no sangue nos 3 a 5 dias iniciais da doença, exames sorológicos para detectar anticorpos contra o vírus e a prova do laço, um exame de consultório com uma borracha presa na circulação do braço onde se observa a formação de pontos vermelhos na pele, avaliando a fragilidade capilar e a diminuição do número de plaquetas.


Tratamento

Não há um tratamento específico para a doença, apenas aliviam-se os sintomas. É indicada a ingestão de líquidos para evitar a desidratação e repouso. São usados medicamentos para baixar a febre e analgésicos para aliviar a dor. É importante sob nenhuma condição fazer uso da automedicação, pois não devem ser usados medicamentos a base de ácido acetilsalicílico, como aspirina e AAS, e nem anti-inflamatórios como diclofenaco de sódio, pois esses medicamentos interferem no processo de coagulação do sangue e podem causar hemorragias.


Vacina

Uma vacina desenvolvida a partir do vírus vivo, geneticamente modificado, está sendo testada em humanos. O desafio está em criar uma vacina que seja eficiente contra os quatro tipos do vírus. Já foi criada uma vacina por uma empresa farmacêutica estrangeira, mas ela possui apenas 30% de eficácia. O importante está na possibilidade de criação de uma vacina.

Prevenção

A melhor maneira de impedir a transmissão da doença é eliminar o mosquito transmissor. A prevenção e o combate exigem a colaboração de toda população através de medidas simples. Evitando o acúmulo de água em locais propícios, como pneus velhos, embalagens, vasos de flores e lixeiras.

Dengue 4

Fonte: www.combateadengue.com.br

Tampar depósitos de água, remover o lixo dos terrenos, limpeza de recipientes com água, controle químico para controlar a qualidade da água e campanhas de educação em saúde. Um inseticida natural do mosquito do dengue que pode ser usado em locais com acúmulo de água é a borra de café, que não causa mal ao homem e aos animais, apenas ao mosquito. Para se evitar a picada do mosquito pode-se fazer uso de mosquiteiros, repelentes, telas, vaporizadores elétricos ou espirais.



Referências Bibliográficas:

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da Saúde - SUS. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/saude/area.cfm?id_area=920>. Acesso em:  13 nov. 2012.

2. TRABULSI,Luiz Rachid; ALTERTHUM, Flávio. Microbiologia. 5. ed. São Paulo: Atheneu, 2008.

3. BRASIL. Site da Dengue. Disponível em: <http://www.dengue.org.br>. Acesso em: 13 nov. 2012.

4. BRASIL. Folha de São Paulo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1152195-vacina-contra-dengue-tem-so-30-de-eficacia-mostra-pesquisa.shtml>. Acesso em: 13. Nov. 2012.

5. BRASIL. Dr. Drauzio Varella. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/dengue>. Acesso em: 13 Nov. 2012.


Links Relacionados:

Combate a dengue - http://www.combateadengue.com.br/ 

Scielo - http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742008000300008&lng=pt 

Cives- Informações aos viajantes -  Dengue http://www.cives.ufrj.br/informacao/dengue/den-iv.html

Rio contra Dengue –  www.riocontradengue.com.br

Instituo Oswaldo Cruz – Dengue-  http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/

Governo de Minas Gerais- Dengue tem que acabar - http://denguetemqueacabar.com.br/sobre-a-doenca/

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